Da Faria Lima ao cinema: Quem é a Reag (REAG3), investigada por ligação com o PCC
Companhia listada na bolsa nega irregularidades, mas teve sede e escritórios vasculhados pela Polícia Federal.
📉 As ações da Reag (REAG3) despencaram quase 15% nesta quinta-feira (28) em reação à operação da PF (Polícia Federal) que envolve a companhia. Às 12h25, horário de Brasília, os papéis recuavam 14,89%, a R$ 3,20. A companhia foi um dos mais de 350 alvos da Operação Carbono Oculto.
Para se ter uma noção da atual cotação da empresa, se você tivesse investido R$ 1 mil há cinco anos, hoje teria R$ 195,32, segundo dados recentes do Investidor10. Há um ano, o retorno seria de R$ 800; há seis meses, R$ 623; e, há 30 dias, R$ 969,70. A empresa está avaliada em R$ 157,65 milhões com uma margem líquida de 21,86%.
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Segundo investigadores, a gestora administrava, em 2020, o Location Fundo de Investimentos, vinculado a Mohamad Hussein Mourad, apontado como líder do esquema. Embora Renato Camargo constasse como único cotista, os valores eram incompatíveis com seu patrimônio, levando o Santander (SANB11) a notificar o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).
🤔 Na realidade, os recursos tinham origem em contas de Mourad. Agora, com autorização da Justiça, os dados obtidos foram repassados ao Ministério Público. Em nota, a Reag e a Ciabrasf (Companhia Brasileira de Serviços Financeiros) afirmaram estar colaborando integralmente com as autoridades.
"As Companhias esclarecem que estão colaborando integralmente com as autoridades competentes, fornecendo as informações e documentos solicitados, e permanecerão à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais que se fizerem necessários. As Companhias manterão seus acionistas e o mercado informados sobre o desenvolvimento dos assuntos objeto deste Fato Relevante", diz o comunicado.
🎥 Segundo informações disponíveis em seu site, a Reag afirma ser a maior gestora independente do Brasil, com R$ 299 bilhões sob gestão e sem vínculo com bancos. A companhia é controlada pela Reag Capital Holding S/A, que também responde pela Ciabrasf, outra holding independente, e por empresas do setor de seguros e financeiro. Além disso, ficou conhecida ao assumir o patrocínio do cinema Belas Artes, um dos mais tradicionais de São Paulo.
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Companhia listada na bolsa nega irregularidades, mas teve sede e escritórios vasculhados pela Polícia Federal.
De acordo com a Receita Federal, organização criminosa usava fintechs e fundos de investimento para ocultar dinheiro lavado em esquema no setor de combustíveis.