Ações da Vale (VALE3) podem render mais dividendos, diz Itaú BBA
O banco destacou que a companhia deve seguir com forte geração de caixa em 2025, criando margem para dividendos adicionais.
💰 A Vale (VALE3) está consolidando sua posição financeira e aumentando as chances de um robusto pagamento de dividendos em 2025, mesmo diante de um cenário desafiador para o minério de ferro.
O impulso vem, principalmente, após o recente acordo firmado com a Global Infrastructure Partners (GIP), um dos maiores fundos de investimento em infraestrutura do mundo.
Na última segunda-feira (31), a Vale anunciou a criação de uma joint venture em parceria com a Aliança Energia, em um movimento que visa reforçar sua estrutura de capital e diversificar suas operações no setor de energia.
A mineradora receberá cerca de US$ 1 bilhão pela transação, mantendo 30% de participação na nova empresa, enquanto o GIP, controlado pelo gigante BlackRock, deterá os outros 70%.
O GIP administra atualmente um portfólio estimado em US$ 170 bilhões e possui ampla experiência em projetos de infraestrutura ao redor do globo.
A parceria visa impulsionar a eficiência operacional da Aliança Energia e explorar novas oportunidades de investimento no setor energético brasileiro.
Com o aporte financeiro proporcionado pelo acordo, a Vale ganha flexibilidade adicional para atingir sua meta de dívida líquida, que atualmente oscila entre US$ 10 bilhões e US$ 20 bilhões.
De acordo com analistas do BTG Pactual, essa movimentação é um ponto positivo para a mineradora, que poderá sustentar um dividend yield em torno de 10% ao longo do ano.
Apesar de um cenário global menos favorável para o preço do minério de ferro, a capacidade da Vale de gerar caixa e distribuir proventos sólidos continua a ser um atrativo importante para os investidores.
A ação da empresa (VALE3) subiu 1,59% por volta das 14h45 desta terça-feira (1), cotada a R$ 57,60, após uma alta de 1,86% no contrato de maio do minério de ferro na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE), na China.
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Embora a ação da Vale registre uma valorização de 6,4% em 2025, o BTG Pactual (BPAC11) mantém uma recomendação neutra.
Segundo os analistas Leonardo Correa e Marcelo Arazi, as expectativas menos otimistas em relação ao minério de ferro justificam essa posição cautelosa.
No entanto, a análise aponta que os fundamentos da Vale estão evoluindo gradualmente, com avanços operacionais e mitigação de riscos relevantes.
A parceria com a GIP é vista como um passo estratégico que contribui para uma gestão mais robusta de seu portfólio e aumento da previsibilidade em relação ao pagamento de dividendos.
O acordo entre a Vale e o GIP reforça a capacidade da mineradora de continuar a oferecer dividendos atrativos aos seus acionistas, mesmo diante de um mercado desafiador.
📊 A joint venture com a Aliança Energia demonstra uma abordagem estratégica que pode fortalecer ainda mais sua posição financeira e abrir novas oportunidades de crescimento no setor energético.
O banco destacou que a companhia deve seguir com forte geração de caixa em 2025, criando margem para dividendos adicionais.
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