Empresário contrata Rothschild para negociar compra da Braskem (BRKM5)
O empresário também pretende dialogar com a Petrobras (PETR4), segunda maior acionista da Braskem.
🚨 Diante de um cenário desafiador na indústria petroquímica global, a Braskem (BRKM5) está reposicionando sua estratégia para lidar com um ciclo de baixa prolongado, que pode se estender por até uma década.
A companhia está ajustando sua matriz de insumos, ampliando o uso de etano em suas operações no Brasil como alternativa à nafta, tradicionalmente mais cara.
Em resposta ao atual momento do setor, a Braskem vem reavaliando suas operações para aumentar a competitividade e reduzir custos.
Segundo o CEO da companhia, Roberto Ramos, a recuperação da indústria petroquímica global pode demorar até dez anos, exigindo um planejamento robusto para manter a eficiência e a lucratividade.
A principal mudança da estratégia passa pela substituição gradual da nafta pelo etano, matéria-prima cujo custo é significativamente inferior.
Enquanto a tonelada de nafta está na faixa dos US$ 650, o etano custa cerca de US$ 250, o que torna a troca uma decisão estratégica para aumentar a margem de lucro sem necessidade de grandes investimentos.
O primeiro passo dessa transformação já foi anunciado: a Braskem estuda expandir a capacidade produtiva do polo petroquímico de Duque de Caxias (RJ), utilizando etano fornecido pela Petrobras (PETR4).
Segundo Ramos, as negociações estão nos estágios finais. Além disso, a empresa busca elevar a proporção de etano nas operações da Bahia e do Rio Grande do Sul, onde a mistura atual é de 10%, mas pode chegar a pelo menos 20%.
O executivo também destacou que a companhia pretende ampliar ainda mais essa diversificação energética, incorporando propano ao processo, o que garantiria maior flexibilidade operacional e ganhos competitivos sem necessidade de grandes aportes financeiros.
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Além da adaptação da sua matriz energética, a Braskem aposta na defesa comercial como um pilar fundamental para sustentar sua posição no mercado brasileiro.
A empresa tem pressionado o governo para manter, além de 2024, o aumento da tarifa de importação de resinas plásticas e petroquímicos, que passou de 12,6% para 20% este ano.
A justificativa da companhia é o crescente volume de produtos petroquímicos importados dos Estados Unidos e da China, especialmente polietileno e polipropileno.
Esse movimento levou a um déficit comercial da indústria química brasileira de aproximadamente US$ 50 bilhões no último ano.
A Braskem também tenta aprovar medidas antidumping contra esses dois países, buscando equilibrar a competição com os produtores estrangeiros.
No entanto, Ramos admite que ainda não há previsão de quando essas ações poderão surtir efeito prático no mercado.
📊 No mercado doméstico, a Braskem projeta um ano de estabilidade para a demanda por produtos petroquímicos.
Apesar de um início de 2025 mais aquecido do que o ano anterior, a empresa não vê sinais de uma recuperação expressiva no curto prazo.
Atualmente, suas operações estão utilizando 70% da capacidade de processamento de nafta e 60% na produção de polipropileno.
Já no mercado norte-americano, onde a Braskem tem forte presença com o polipropileno, as perspectivas são mais nebulosas.
Ramos destaca que o cenário ainda é incerto, mas aposta na expansão da participação do chamado "plástico verde" nos Estados Unidos, um material sustentável produzido a partir do etanol da cana-de-açúcar.
No último ano, as vendas desse produto no país foram de apenas 3 mil toneladas, mas a expectativa é de um crescimento progressivo.
O empresário também pretende dialogar com a Petrobras (PETR4), segunda maior acionista da Braskem.
Após apresentar uma proposta em parceria com a Novonor, ele agora busca apoio dos principais bancos credores da companhia.
Em 2025, o BTG Pactual espera que a Braskem apresente um Ebitda ajustado de US$ 1,3 bilhão.
O projeto, batizado de Transforma Rio, será o maior aporte da indústria petroquímica no Brasil em 15 anos, afirmou a empresa.
De acordo com fontes próximas ao assunto, a receptividade inicial à oferta tem sido marcada por ceticismo.
Ebitda e alavancagem foram os dois principais motivos para as revisões.
Já o dólar comercial subiu 0,52%, sendo cotado a R$ 5,675, enquanto os juros futuros (DIs) fecharam com queda ao longo de toda a curva.
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