Casas Bahia (BHIA3) ajusta cronograma de dívida e antecipa conversão em ações
A reformulação do passivo financeiro ganhou novo capítulo com a entrada da Mapa Capital, que fechou acordo de R$ 1,6 bilhão.
A Casas Bahia (BHIA3) anunciou na noite dessa quinta-feira (5) um plano para reduzir pela metade a sua alavancagem, por meio da conversão antecipada de US$ 1,5 bilhão em dívidas em ações.
💲A ideia é converter toda a segunda série da sua 10ª emissão de debêntures em ações já a partir deste mês de junho. A conversão já era uma possibilidade, mas era esperada apenas para outubro.
Em fato relevante, a Casas Bahia informou que os detentores de aproximadamente 99,99% desses papeis estão de acordo com a antecipação -Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3) são os donos desses papeis.
"A Companhia informa que está em discussões avançadas com determinados credores e contrapartes a fim de adotar as seguintes medidas", declarou.
Com isso, a Casas Bahia espera reduzir pela metade a sua alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda. O indicador estava em 1,6x ao final do primeiro trimestre, mas deve cair para 0,8x após a conversão das debêntures, segundo a varejista.
A conversão antecipada de debêntures, no entanto, também deve levar a uma mudança no controle e à diluição da participação dos atuais acionistas da Casas Bahia.
📈 Segundo a companhia, hoje essa medida implicaria na emissão de aproximadamente 328,9 milhões de novas ações, que representariam uma fatia de 77,58% da empresa.
Ou seja, Bradesco e Banco do Brasil ficarão com a maior parte das Casas Bahia e os atuais acionistas estarão sujeitos a uma diluição de 78%, pelos cálculos da Genial Investimentos.
Os bancos, no entanto, não pretendem manter o controle da varejista. Segundo o "Brazil Journal", as instituições vão vender esses papeis para outro player financeiro, cuja identidade ainda não foi revelada.
🗓️ A venda, contudo, terá que ser feita de forma escalonada, dentro de um cronograma de lock-up predeterminado pelas Casas Bahia com o objetivo de não provocar uma pressão repentina no preço dos papeis.
Dessa forma, os bancos poderão vender 10% das novas ações já no trimestre da conversão, outros 15% no trimestre seguinte e assim sucessivamente, sempre com percentuais maiores. Todas as ações devem estar disponíveis para negociação dentro de 16 meses.
Para a Genial Investimentos, "esse modelo evita uma pressão vendedora abrupta no mercado secundário, protegendo a cotação no curto prazo e favorecendo um processo de desalavancagem mais estável".
A casa ainda disse que a antecipação da conversão "sinaliza maior comprometimento com o plano de transformação da companhia".
Como emitiu R$ 4,5 bilhões em debêntures em julho de 2024, no entanto, a Casas Bahia ainda terá um endividamento relevante para manejar nos próximos meses.
Por isso, a companhia também anunciou a intenção de renegociar os prazos e condições de pagamento da primeira série da sua 10ª emissão de debêntures, que soma R$ 1,67 bilhão.
A operação já conta com o apoio dos detentores de mais da metade dessas debêntures. E, de acordo com a varejista, deve proporcionar "maior fluxo de caixa livre, provendo flexibilidade financeira para investir no crescimento e aumento de eficiência de suas operações".
Além disso, a Casas Bahia pretende pedir autorização aos demais debenturistas da 10ª emissão para realizar "eventos de liquidez" em um prazo de 12 meses.
A ideia é levantar até R$ 500 milhões e usar essa verba no crescimento e aprimoramento de suas operações e não no pagamento antecipado dessas debêntures.
A reformulação do passivo financeiro ganhou novo capítulo com a entrada da Mapa Capital, que fechou acordo de R$ 1,6 bilhão.
Os resultados do 1T25 da empresa foram divulgados nesta quinta-feira (15).
Empresa pode receber mais de R$ 600 milhões em ressarcimento de impostos
A assembleia havia sido convocada para 30 de abril.
A proposta está sujeita à aprovação dos acionistas do Grupo Casas Bahia.
O mecanismo de "poison pill", amplamente utilizado por empresas listadas na bolsa, é um dispositivo de proteção que obriga o lançamento de uma OPA.
A receita líquida cresceu 7,6% entre os dois períodos.
"Índice do medo" também se espalha entre as ações brasileiras, salvo algumas exceções
Já tem uma conta? Entrar
Register for free to continue accessing Investidor10.
Already have an account? Login
Olá! Você pode nos ajudar respondendo apenas 2 perguntinhas?
Oba! Que ótimo saber que você curte nosso trabalho!
Já que você é um investidor Buy And Hold e adora nossa plataforma, gostaria de te apresentar uma solução que vai turbinar o retorno de seus investimentos! Topa?