Com novos controladores, Reag (REAG3) negocia venda de ativos

Companhia está em tratativas para vender a Empírica Holding e a Ciabrasf (ADMF3).

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Publicado em 10/09/2025 às 12:40h - Atualizado 2 horas atrás Publicado em 10/09/2025 às 12:40h Atualizado 2 horas atrás por Marina Barbosa
Reag ganhou novo bloco de controle após ser alvo de operação da PF (Imagem: Shutterstock)
Reag ganhou novo bloco de controle após ser alvo de operação da PF (Imagem: Shutterstock)

O novo bloco de controle da Reag Investimentos (REAG3) já mostrou a que veio, avançando com negociações para a venda de ativos da gestora.

A Reag ganhou novos controladores no domingo (7), depois que o seu fundador, João Carlos Mansur, vendeu a sua participação na empresa para os seus principais executivos.

Poucos dias depois, a Reag comunicou ao mercado que está em negociação para a venda de dois dos seus ativos: a Empírica Holding e aCiabrasf (Companhia Brasileira de Serviços Financeiros), que tem ações negociadas na B3 sob o ticker ADMF3.

Empírica

A Empírica foi adquirida pela Reag em meados de 2024, para integrar a sua vertical de crédito. Agora, deve ser vendida para a Smart Hub Participações por R$ 25 milhões, valor que deve ser pago em seis parcelas semestrais.

💲 Segundo Memorando de Entendimentos firmado nessa terça-feira (9), a Smart Hub Participações ainda deve assumir os pagamentos ainda devidos pela Reag aos antigos donos da Empírica, que podem chegar a R$ 50 milhões.

O fechamento do negócio, contudo, ainda depende do cumprimento de algumas condições.

Ciabrasf

Já a Ciabrasf deve ser vendida para a B100 Controle e Participações, a holding controladora do Grupo Planner.

🗓️ A Reag anunciou um protocolo de intenções para a venda do bloco de controle da Ciabrasf nesta quarta-feira (10). Com isso, o Grupo Planner terá exclusividade na negociação pelos próximos 60 dias.

A transação envolve cerca de 5,6 milhões de ações ordinárias, que representam 96,93% do capital social total da Ciabrasf.

Cada papel é negociado por R$ 70 na B3 nesta quarta-feira (10). Caso parta desse valor, portanto, o negócio pode beirar os R$ 400 milhões.

Mudança de controle

A Reag ganhou um novo bloco de controle após ser um dos alvos da megaoperação que investigou a ligação entre o crime organizado e o mercado financeiro.

Segundo as investigações, os criminosos usariam fundos de investimento para ocultar o dinheiro obtido na venda de combustíveis adulterados e na sonegação de impostos.

🗣️ Em nota de esclarecimento divulgada em seu site, a Reag disse que "refuta veementemente qualquer atuação em estruturas de natureza ilegal".

Além disso, a gestora garantiu que "atua em linha com as normas vigentes no mercado financeiro e de capitais" e que "mantém controles internos rigorosos de prevenção à lavagem de dinheiro, em linha com padrão dos reguladores aos quais está submetida".

Em relação aos fundos citados na investigação, a Reag disse que "sua atuação sempre foi diligente e proba, e os fundos foram, há meses, objeto de renúncia ou liquidação".

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Ainda assim, o fundador da Reag, João Carlos Mansur, vendeu a sua participação para executivos da empresa, por meio da Arandu Capital Holding, por cerca de R$ 100 milhões.

Segundo a gestora, a decisão foi tomada com o "objetivo de proteger a integridade e a reputação da REAG Investimentos S/A, seus colaboradores, clientes e acionistas, diante das recentes e infundadas especulações às quais a Companhia foi submetida".

🧑🏻‍💼 Mansur também renunciou ao cargo de presidente do Conselho de Administração da Reag e será substituído no posto por Felipe Oppenheimer Pitanga Borges.

Nessa terça-feira (9), o board ainda elegeu Edson Inácio da Silva como o novo Diretor Financeiro da companhia. O cargo estava vago desde domingo (7), quando a então CFO, Fabiana Franco, renunciou.

REAG3

REAG Investimentos
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