AgroGalaxy (AGXY3) tem prejuízo de R$ 153 milhões no 1T25
Em recuperação judicial, companhia teve um faturamento 78,6% menor no período.
Em recuperação judicial, a AgroGalaxy (AGXY3) vai cortar pela metade o número de lojas e enxugar em cerca de 40% o seu quadro de pessoal.
⚠️ A companhia anunciou a "reestruturação estratégica e operacional" nesta quarta-feira (16), alegando que o objetivo é garantir a sustentabilidade das suas operações em meio ao processo de recuperação judicial iniciado há cerca de um mês.
Em comunicado, a AgroGalaxy disse que "essas ações têm como foco a otimização de custos e sinergias operacionais, com o objetivo de gerar receitas suficientes para honrar compromissos" assumidos com clientes, fornecedores, parceiros, credores e os empregados que continuarão na empresa depois dos cortes.
Como parte desse processo, a companhia reduziu o número de lojas, silos e pontos comerciais praticamente pela metade.
Com isso, passará a atuar com apenas "74 unidades estrategicamente localizadas nas regiões Sul, Sudeste, Cerrado Oeste e Cerrado Leste, que apresentam maior potencial de geração de caixa".
Isso significa que a AgroGalaxy fechou ao menos 76 lojas em cerca de três meses e meio. Afinal, ao final de junho, a companhia possuía 150 lojas, 28 silos e 13 unidades de produção e beneficiamento de sementes no país.
Corte de pessoal
✂️ Com o fechamento de lojas, a AgroGalaxy reduziu o número de funcionários ligados às unidades comerciais. Mas também houve cortes na área de suporte administrativo. Por isso, a companhia deve seguir com apenas 1.150 colaboradores.
De acordo com a "AGFeed", a empresa 1.700 funcionários antes dessa reestruturação. As demissões devem atingir, portanto, cerca de 32% do quadro de pessoal.
Em comunicado, a AgroGalaxy garantiu que "o processo está sendo conduzido com transparência e respeito, garantindo todos os direitos trabalhistas dos colaboradores envolvidos, com o propósito de adequar os custos e as estruturas da Companhia ao momento econômico-financeiro e ao pedido de recuperação judicial".
Leia também: Fiagro contorna crise das RJs, mas diminui dividendos
Segundo a AgroGalaxy, o atendimento ao cliente das áreas que ficaram sem lojas será direcionado às unidades mais próximas, de forma a manter o "padrão de qualidade".
Além disso, anunciou "uma otimização do portfólio de produtos e serviços, ajustando o mix de vendas para atender melhor às demandas do mercado e fortalecer a competitividade".
"A Companhia reafirma seus compromissos de dar continuidade às suas operações, fornecimentos e serviços com excelência e de manter o mercado informado sobre os próximos passos de seu processo de reestruturação", afirmou.
A AgroGalaxy entrou com um pedido de recuperação judicial no último dia 18 de setembro, alegando que a medida era necessária para "proteger a companhia e as suas subsidiárias possibilitando a continuidade de suas atividades".
A empresa, que atua no setor de insumos agrícolas e serviços para o agronegócio, vem enfrentando dificuldades financeiras em virtude da redução dos preços das commodities, dos juros altos e das mudanças climáticas. Por isso, já havia anunciado outras medidas de reestruturação, como corte de gastos e renegociações de dívidas.
Ainda assim, a companhia acabou com uma dívida de R$ 3,7 bilhões, sobretudo com bancos. Com a recuperação judicial, a AgroGalaxy ainda deixou de honrar pagamentos ligados a CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio), afetando os Fiagros que investiam nesses papeis.
Diante disso, a AgroGalaxy ainda viu seu presidente e cinco conselheiros renunciarem. Por isso, a companhia passou a ser comandada pelo então vice-presidente de Operações, Welles Clóvis Pascoal, e tem trabalhado na seleção de outros conselheiros. A expectativa é de que o Conselho de Administração seja recomposto em cerca de 90 dias.
Em recuperação judicial, companhia teve um faturamento 78,6% menor no período.
O plano havia sido aprovado em Assembleia Geral de Credores, em abril.
A margem Ebitda ajustada da empresa atingiu -27,8% no período de outubro a dezembro do ano passado.
Processo agora deve ser homologado pela Justiça de Goiás
Com grupamento, companhia quer recuperar a cotação mínima de R$ 1.
Proposta da varejista de insumos agrícolas gira em torno de R$ 292 milhões; entenda os detalhes do processo
Resultados estavam previstos para 27 de março, mas ficaram para 22 de abril.
Distribuidora de insumos agrícolas enfrenta processo de recuperação judicial e tem ações listadas na B3 sendo negociadas por centavos
Já tem uma conta? Entrar
Register for free to continue accessing Investidor10.
Already have an account? Login
Olá! Você pode nos ajudar respondendo apenas 2 perguntinhas?
Oba! Que ótimo saber que você curte nosso trabalho!
Já que você é um investidor Buy And Hold e adora nossa plataforma, gostaria de te apresentar uma solução que vai turbinar o retorno de seus investimentos! Topa?