Estas ações pagam dividendos acima da Selic (algumas superam 15%)

Hoje (18), na chamada "Super Quarta”, os mercados globais aguardam a decisão de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. O Copom (Comitê de Política Monetária) e o Fed (Federal Reserve) anunciam suas taxas de juros no mesmo dia, elevando a expectativa sobre a orientação futura dos juros e os impactos nos investimentos.

💰 Enquanto lá fora a taxa de juros está em 4,25% e 4,50% ao ano, por aqui, a Selic é de 14,75% ao ano.  Nesse meio tempo da nova decisão, existem ações que conseguem oferecer DY (Dividend Yield), ou seja, o retorno percentual em dividendos sobre o preço da ação, superiores à taxa Selic de 14,75% — e até algumas que ultrapassam 15%. 

Um levantamento feito pelo Investidor10 aponta que ações de setores como financeiro, consumo cíclico, utilidade pública e petróleo, gás e biocombustíveis lideram a lista. Entre os exemplos estão WHRL4, PETR4 e CMIG4, todas com dividend yields estimados superiores a uma Selic de 14,75% ou 15%. 

Veja as ações que pagam acima de 14,75% ou 15%

SYNE3

• Dividend Yield: 58,62%;
• Dividend Médio (5 anos): 37,26%;

MOAR3

• Dividend Yield: 33,47%;
• Dividend Médio (5 anos): 5,27%;

MELK3

• Dividend Yield: 32,12%;
• Dividend Médio (5 anos): 9,17%;

PATI3

• Dividend Yield: 19,94%;
• Dividend Médio (5 anos): 7,80%;

GEPA4

• Dividend Yield: 19,48%;
• Dividend Médio (5 anos): 8,29%;

ALLD3

• Dividend Yield: 18,37%;
• Dividend Médio (5 anos): 18,83%;

CMIG4

• Dividend Yield: 17,39%;
• Dividend Médio (5 anos): 10,20%;

PETR4

• Dividend Yield: 17,19%;
• Dividend Médio (5 anos): 25,73%;

CMIN3

• Dividend Yield: 16,58%;
• Dividend Médio (5 anos): 13,45%;

WHRL4

• Dividend Yield: 16,25%;
• Dividend Médio (5 anos): 9,30%;

CGRA4

• Dividend Yield: 15,43%;
• Dividend Médio (5 anos): 8,34%;

JBBS3

• Dividend Yield: 15,37%;
• Dividend Médio (5 anos): 6,32%.

Veja o que espera o mercado

Como já adiantou o Investidor10, o mercado parece dividido em relação ao posicionamento do Banco Central. A ABBC (Associação Brasileira de Bancos), por exemplo, projeta a elevação de 0,25 ponto percentual. Já para a FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), a expectativa é que o Banco Central não mexa na taxa Selic. 

"Isso acontecerá não apenas pela inflação em geral — o IPCA acumulado de 12 meses está em 5,32% —, mas, principalmente, pela desaceleração dos preços do setor de Serviços. Esse é um indicador valioso da conjuntura econômica porque, em meio ao aumento da renda como consequência de um mercado de trabalho aquecido, é ele que aponta o quanto a economia está aquecida", avaliaram.