Cade aprova fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi e libera criação de gigante pet
A decisão foi divulgada nesta segunda-feira (2) e ainda precisa aguardar um prazo de 15 dias para eventuais contestações.
A fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi precisará superar mais um desafio para poder sair do papel. É que a Petlove recorreu da decisão do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) que havia aprovado a operação.
⚠️ Em recurso apresentado nesta segunda-feira (23), a Petlove argumenta que a fusão pode "trazer graves prejuízos" à concorrência e aos consumidores finais do segmento pet.
A fusão entre Petz e Cobasi deve criar uma gigante pet, com um faturamento estimado de R$ 6,9 bilhões e mais de 20 marcas próprias no portfólio, entre produtos de higiene, alimentação e lifestyle animal.
A Petlove avalia que "nenhum dos demais players que atuam no segmento pet será capaz de contestar o poder de mercado da Empresa Combinada".
🗣️ "Ao contrário, a Operação levará à eliminação da única rivalidade existente e a Empresa Combinada ficará livre para aumentar preço, sem qualquer incentivo para repassar quaisquer eficiências ao consumidor", reclama.
A Petlove pede, então, que a combinação de negócios seja reprovada pelo Cade ou, ao menos, receba alguns "remédios estruturais e comportamentais robustos, capazes de preservar a concorrência".
No recurso, a companhia reconhece que "tem interesses diretos afetados" pela transação. Contudo, diz que não é única a se preocupar com o negócio no mercado.
"O teste de mercado conduzido pela própria SG (Superintendência-Geral do Cade) confirma que a maioria dos concorrentes e fornecedores vê a Operação com preocupação, apontando riscos de exclusão de rivais, aumento de preços e redução da diversidade de oferta", afirma.
⚖️ A Superintendência-Geral do Cade havia aprovado sem restrições a fusão entre Petz e Cobasi no último dia 2 de junho. Contudo, a decisão não era definitiva e deve ser levada ao Tribunal do Cade agora que foi questionada pela Petlove.
Ainda não se sabe quando o Tribunal do Cade deve se debruçar sobre o assunto. Contudo, Petz e Cobasi garantiram ter recebido "com tranquilidade" o recurso da Petlove.
Em nota, as companhias ainda disseram que "confiam na decisão dos conselheiros, com base nos estudos feitos pela Superintendência-Geral do Cade, que aprovou a operação sem restrições por não haver qualquer risco concorrencial em um mercado pulverizado e competitivo".
A decisão foi divulgada nesta segunda-feira (2) e ainda precisa aguardar um prazo de 15 dias para eventuais contestações.
Petrobras e Petz são destaques nos primeiros minutos do pregão.
Em fevereiro, as duas empresas assinaram um protocolo definitivo de justificação de incorporação de ações.
O resultado foi afetado principalmente pelo aumento nas despesas operacionais, que cresceram 10,6%.
A fusão ainda está sujeita a aprovações societárias.
Com o comunicado, as ações da empresa subiram 0,64% a R$ 4,73.
Em seu ponto mais alto, as ações chegaram a ser negociadas a R$4,46.
Em novembro passado, órgão antitruste havia pedido novas informações sobre a fusão das empresas, o que poderia atrasar o aval do negócio
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