Petrobras (PETR4) pode ajudar a lidar com alta do petróleo, diz nº 2 de Haddad
Segundo Durigan, a política de preços da estatal seria uma "mitigação" importante no momento.
A recente queda dos preços internacionais do petróleo ameaça o pagamento de dividendos extraordinários pela Petrobras (PETR4). Foi o que indicou diretor financeiro da estatal, Fernando Melgarejo, nesta terça-feira (13).
⚠️ "Se o Brent continuar mais baixo, diminui a chance de ter dividendos extraordinários neste ano", afirmou Melgarejo.
Ele ressaltou, contudo, que a companhia só deve decidir sobre o pagamento de dividendos extraordinário durante a confecção do seu próximo planejamento estratégico, previsto para novembro. Afinal, é neste momento que a empresa projeta o fluxo de caixa, os investimentos e a produção para os próximos cinco anos.
Segundo ele, a Petrobras deve voltar a pagar dividendos extraordinários se perceber que o valor gerado em tesouraria supera o caixa mínimo necessário. Contudo, a recente queda dos preços internacionais do petróleo pode pressionar a geração de receitas da companhia, dificultando essa conta.
⛽ O petróleo do tipo de Brent acumula uma baixa de 10% em 2025. Para se ter ideia, o barril chegou a ser negociado acima dos US$ 80 em janeiro. Contudo, agora roda perto dos US$ 65.
É importante ressaltar, contudo, que a distribuição de dividendos ordinários trimestrais está assegurada pela política de remuneração aos acionistas da Petrobras.
Segundo essa regra, a companhia deve distribuir 45% do fluxo de caixa livre aos acionistas sempre que a dívida bruta ficar dentro do seu teto de endividamento. Além disso, poderá, em casos excepcionais, realizar a distribuição de dividendos extraordinários.
Diante da baixa do petróleo, a Petrobras também deve "apertar os cintos" e reduzir os custos.
💲 A presidente da companhia, Magda Chambriard, disse que o cenário é "desafiador", já que os resultados da companhia são afetados pelos preços internacionais do petróleo. Por isso, exige "austeridade e controle geral de custos".
"Esse cenário desafiador de US$ 65 o barril exige e vai exigir de nós simplificação de projetos, garantia de boas margens de comercialização de produtos, significativa redução de custos e muita cooperação entre as diversas áreas da companhia em prol dos melhores resultados possíveis para o nosso negócio", afirmou Magda.
Ela garantiu, contudo, que a Petrobras não vai postergar investimentos lucrativos, nem eliminar os projetos de transição energética diante desses desafios.
Segundo a CEO, a companhia deve ajustar o Plano de Negócios 2026/2030 para ter gastos "em níveis adequados" a este patamar de preços, mas continuar investindo para seguir "gerando empregos, pagando tributos, movimentando a economia e ganhando dinheiro para nossos investidores".
Apesar da queda do petróleo, a Petrobras teve um lucro de R$ 35,2 bilhões no primeiro trimestre de 2025. O resultado cresceu 48,6% em relação ao mesmo período do ano passado.
Com isso, a companhia anunciou o pagamento de R$ 11,72 bilhões em dividendos e JCP (Juros sobre o Capital Próprio). É o equivalente a US$ 2,1 bilhões ou R$ 0,9091 por ação.
Segundo a Genial Investimentos, "o rendimento em dividendos foi de 2,9% no trimestre, representando um rendimento de 11,4% em termos anualizados – o que naturalmente não deve acontecer caso os preços do Brent permaneçam no patamar atual (US$60-65/barril)".
Segundo Durigan, a política de preços da estatal seria uma "mitigação" importante no momento.
Conforme anunciado em 16 de abril, estatal pagará R$ 0,3718 por ação em dividendos.
A executiva destacou que a decisão dependerá do comportamento dos preços do petróleo nos próximos meses.
Investidores voltaram a evitar ativos de risco com a escalada conflito no Oriente Médio; entenda.
A estatal pretende dobrar a capacidade de refino da RNEST, passando dos atuais 130 mil para 260 mil barris por dia.
Ações ordinárias e preferenciais da estatal entregam resultados diferentes aos investidores, conforme dados da B3.
Na manhã desta sexta-feira (13), o barril do petróleo tipo Brent chegou a ser negociado com alta de até 7,6%, cotado a US$ 74,66.
Cabe destacar que este pagamento considera a data de 16/04/2025 como data base da posição acionária.
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