Trump suspende restrições à exportação de tecnologia para a China, diz jornal

Segundo o jornal Financial Times, os Estados Unidos suspenderam as restrições à exportação de produtos de tecnologia para a China, em uma tentativa de reforçar um acordo comercial. A publicação também aponta que a medida visa impulsionar os esforços do presidente Donald Trump (Partido Republicano) para agendar uma reunião com o presidente Xi Jinping ainda em 2025.

O jornal relata que, nos últimos meses, o Departamento de Comércio dos EUA recebeu ordens para suavizar sua postura em relação aos controles de exportação à China. Durante este mandato, Trump vinha impondo restrições à venda de tecnologia para o país.

Leia também: Trump faz acordo com União Europeia, mas descarta adiar tarifa que mira o Brasil

💬 Em um caso recente, o governo chegou a comunicar à Nvidia (NVDC34) que vetaria a exportação do chip H20, desenvolvido para a China, após o governo de Joe Biden (Partido Democrata) já ter limitado o envio de chips. Em meio a diálogos com o CEO da Nvidia, Jensen Huang, Trump decidiu rever sua posição. Com isso, a empresa confirmou que voltará a comercializar o chip H20 na China.

A publicação acrescenta ainda que 20 especialistas em segurança e antigos membros do governo americano, como o ex-vice-conselheiro de segurança nacional Matt Pottinger, devem se manifestar contra a decisão nesta segunda-feira (28).

Trégua por mais 90 dias

De acordo com o jornal chinês South China Morning Post, Estados Unidos e China irão prolongar a trégua tarifária por mais 90 dias. A informação foi publicada nesse domingo (27), com base em fontes que apontam essa como a previsão para a terceira rodada de negociações entre os dois países, que ocorrerá nesta segunda-feira (28), em Estocolmo, na Suécia.

🗣️ Trump afirmou a repórteres, ao desembarcar na Escócia para um encontro com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que os dois países estão perto de chegar a um acordo. "Estamos muito perto de um acordo com a China. Realmente fizemos um acordo com a China, mas vamos ver como isso vai acontecer".